Sexto mês

Corre, corre, correria.

Seis meses depois e o tempo voa, 'literalmente'. Dessa vez, eu acho rsrs, não deixei tudo para última hora, mas um fenômeno acontece comigo, vejo muita coisa por fazer ainda e pouco tempo para tudo. É assim mesmo? O dia tem mesmo 24 horas e eu não estou o usando corretamente?

É normal ver o que se tem para fazer e não saber por onde começar, a ponto de não começar? hehehe....

Tudo bem, relato curtinho porque preciso começar alguma coisa, daquelas tantas que estou vendo por fazer...

Zaanse Schans

Na Holanda há muitas cidades onde se encontram os famosos moinhos de vento e espaços que relembram a produção dos tamancos de madeira. Cidades como Edam, Voledam são passeios bastante procurados. Mas se você não tem tanto tempo, mas se interessa por fazer um passeio rápido onde possa ter noção dessa Holanda antiga, uma boa sugestão é ir para Zaanse Schans (ZS) saindo de Amsterdam de trem ou de ônibus.

Para ir de ônibus, pegue o número 391 (Zaandam término ZS) que sai da estação central. O preço é 13.75 euros para duas pessoas, ida e volta, e depois de uma hora (penso que de trem seria mais rápido) chegará no destino final.

Lá, além de apreciar a vista e o vento, poderá entrar em alguns moinhos, ainda em funcionamento, para acompanhar a tecnologia da época, como o funcionamento de uma serraria e produção de óleo (de amendoim). Também há uma pequena exposição sobre produção de queijos e dos tamancos de madeira.

É um passeio rápido, mas bem agradável, mesmo debaixo de chuva, como fizemos hehehe...

Produção dos tamancos de madeira.

O causo da perda e recuperação das fotos do cartão SD

'Tudo se sucedeu em Amsterdam, lugar propício à coisas estranhas hehe'...

A cidade é multifacetada, beira o sagrado com suas igrejas e mesquitas, a profanação com as vitrines que expõem mulheres quase nuas, os coffee shops, fábricas de diamantes (depois da visita a uma fábrica tradicional de diamantes descobri o porquê algumas pessoas são fascinadas por eles) e inspira cultura e história com a casa de Anne Frank, museu do Rembrandt e museu do Van Gogh. É uma cidade para ser explorada com calma e que se sai com a sensação de que gostaria de voltar. 

Foi nessa cidade, na ansia de querer registrar tudo, que entusiasmada com a paisagem urbana (os canais, casas barcos, prédios antigos) descobri a decepção de acreditar na tecnologia hehe....

Na tarde do primeiro dia, o cartão de memória da câmera deu pane, justo na tarde ensolarada e quente, pois a previsão dizia que iria chover logo, logo... Era possível usar a câmera, mas o cartão não registrava mais nenhuma foto e aquelas que deveriam estar no cartão, já registradas, davam a mensagem que não era possível acessá-las ou que não existiam. Naquele momento entre a mistura de sentimentos, senti vontade de sentar na calçada e chorar, tão grande era minha frustação rsrs...

Apesar de permanecer na mesma cidade mais algum tempo, alguns pontos não seriam tão fáceis para voltar, a programação era longa e o tempo estava justo para tudo. A solução de imediato, foi procurar uma loja onde poderia comprar outro cartão de memória e buscar uma resolução na volta.

Na volta, depois de procurar no google (óbvia procura), percebi que isso é relativamente normal e não acontece só comigo, UFA hehe... Existia mais de 22 mil respostas para minha pergunta, quase suspirei de alívio, digo quase, porque ainda não tinha as fotos. 

Dentre tantas respostas e programas de recuperação, usei o Digital Image Recovery, que é gratuíto e relativamente fácil de usar. Tanto que no momento está recuperando uns arquivos que o Ubuntu do meu notebook sismou de sumir com eles hehe.... 

O programa recupera as fotos que estão no cartão SD, desde que você não as sobreescreva. Então se algo parecido aconteceu com o SD pare de usar imediatamente. Ah, algumas fotos do meu cartão não foram recuperadas, mas diante de tudo, fiquei contente com o resultado do programa.

Algumas fotos recuperadas:

Uma das tantas casas barcos de Amsterdam.

Casa de Anne Frank - a descrição do anexo secreto com o real é impressionante.

Mais uma casa barco.

Por todos os cantos há bicicletas que dominam o trânsito nas ruelas.

Museu Memorial de Caen

Após a visita ao Museu Memorial de Caen, que é um museu sobre a Segunda Guerra Mundial e principalmente a Batalha da Normandia com as praias do desembarque, uma certeza ficará: mesmo com tudo de grave que temos no Brasil, somos privilegiados por não termos nos envolvido 100% em uma guerra. Claro que temos nossas lutas, mas o que presenciei nesse Memorial foi algo diferente. 

Fui acompanhada de uma colega japonesa, cujos avós passaram por esse período e seus pais carregaram um pouco dessa tristeza consigo. Em particular, ela não é de falar muito (acho que característica comum aos japoneses), mas expressa muito bem suas reações e foi isso que percebi. O quão sofrido foi para ela estar lá e ver todos aqueles objetos que são memórias de um terror.

Para os amantes da história, em especial desse período, é um lugar rico que faz entender melhor os acontecimentos na Normandia e nas praias do desembarque, pertinho de Caen (esse passeio não fiz, apesar de querer muito conhecer Omaha Beach).

Para saber mais: site da cidade Caen, do Office de Tourisme e sobre o Memorial. No site do Memorial é possível obter informações para fazer os passeios pelas praias do desembarque, se preferir não fazer por conta própria. A entrada do museu custa 18 euros (tarifa plena) e para chegar à Caen, é possível pegar um trem saindo de Paris ou de Rouen como fiz, que custa em torno de 48 euros (ida e volta).

O objeto que mais me marcou, com certeza entre tantos, foi a roupa usada pelos judeus nos campos de concentração que me recordou o filme 'O Menino do Pijama Listrado'. Triste filme e também triste realidade.

 

É bom lembrar que além do Memorial, Caen tem outros pontos turísticos importantes para a história da França, como o Castelo de Guilherme o Conquistador, um dos heróis franceses.

Château Guillaume-Le-Conquérant - um dos pontos para se conhecer em Caen